sexta-feira, 12 de junho de 2009

Histórias da vida real...crônicas de Markin


Eu queria contar algo que aconteceu anteontem comigo.

Sabe aquelas coisas que você pensa que só acontecem com você? Quando você acha que o Universo está querendo te testar? Quando você pensa que está na pegadinha do Sérgio Malandro? Pois é....isso aconteceu comigo.

Vocês acreditam que eu tinha uma prova na faculdade, e quando fui ligar a minha moto, percebi que o pneu estava murcho?

Aí eu pensei...já sei...vou pedir a moto do meu irmão emprestada. Subi rapidão a escada com a maior cara de pau do mundo e falei:

- Junior o pneu da minha moto está murcho, posso ir com a sua?

ele olhou pra mim e disse: não

Aí eu mais do que de pressa falei então tá bom uai... eu peguei a moto com o pneu murcho e fui no primeiro posto que achei e no caminho estava pensando: ele vai ver, ele me paga, um dia vai pedir alguma coisa emprestada.....porque que ele não me emprestou a moto dele?

Só porque ela é nova

e quando ele me empresta o carro dele, ele sempre volta com uns arranhadinhos
e amassadinhos de nada? Aquele carro dele é uma lata velha mesmo.

Um risco aqui, uma lanterna quebrada ali nem dá nada.

Para piorar a situação....fui encher o pneu e a porcaria da mangueira ficou presa nele.

Praguejei mais um pouco

e o frentista tirou a mangueira do pneu... e eu fui....quando senti que o pneu murchou de novo

fui a outro posto.
Mesma historia...
E para piorar começou a chover.

O pneu da frente também murchou.
Aí pensei em desistir...
fui voltando pra casa
molhado
devagar

parei numa borracharia 24 horas e falei pro cara: vou ali no mcdonalds comer algo e já volto, enquanto você conserta ela para mim, ok?

Mas eu sabia que não tinha dinheiro....que ele ainda não tinha caído na conta....


Mas mesmo assim fui ao caixa do Bradesco e vi que tinha uma fortuna:
0,47 centavos!
Mas ao invés de praguejar e
xingar
ou algo assim,

andei calmamente pela chuva.
Liguei para minha mãe e disse:
To sem dinheiro,
molhado

e o pneu da moto tá furado.
To aqui no centro.
Ela ofereceu alternativas para resolver o problema, mas eu disse que iria agir do modo mais difícil.


Cheguei pro borracheiro e disse:
não tenho dinheiro,
não tenho ninguém,

você abre amanhã no feriado?
Amanhã eu venho buscar ela ok?


Fui embora pra casa...embaixo de chuva, com o capacete na mão.

Não culpei ninguém.
Fui pensando no caminho
como na vida é cada um por si,
que eu tinha que ser homem

e me virar sozinho.
Meu cel estava no silencioso,
tinha uma ligação do meu irmão...
Mas enfim...

Cheguei em casa e liguei pra minha mãe.
Eu disse que era homem e sabia me virar sozinho.
Me surpreendi,
me senti um guerreiro;
não um bunda mole. Afinal,

não nasci com a bunda pregada no banco da moto.
E fui...
a pé
para casa.

Cheguei molhado, abri a geladeira, tomei um iogurte
e fim.
E a prova?

Era só um trabalho pra entregar pro Thiago japones. E apresentar também.

Eu tinha mandado minha parte pro email dele e do meu grupo.
Eu pensei bem as consequências,
não tinha muita coisa a perder,

afinal de contas,
amanhã é feriado.
fim.

2 comentários:

  1. hehehehehe.. um ditado bem clichê.. Não leve a vida tão a sério , afinal você não saira vivo dela! ..

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