terça-feira, 14 de abril de 2020

Microcrônica de uma distopia.

Cá estou eu, cinco anos depois voltando a escrever para o nada novamente, passando por uma situação inédita na vida, juntamente com toda a humanidade. De 2009 pra cá saí da igreja, me assumi, me envolvi em um relacionamento abusivo, comecei a fazer terapia, parei a terapia, troquei de psicólogo, resolvi problemas, ganhei novos, experimentei várias substâncias alucinógenas, festei bastante, transei com muita gente, emagreci, engordei, emagreci de novo, engordei outra vez, emagreci de novo, engordei e engordei.

Trabalhei, fui concursado, gastei dinheiro, me endividei, sujei meu nome, tive três carros, financiei um apErtamento, encontrei um companheiro, ganhei uma outra família, fiquei mais experiente e maduro e enfim, envelheci minha alma ainda mais um pouco.

Desde o período maldito de junho de 2013, onde a massa resolveu se revoltar por uma coisa e acabou enfiando o dedo no cu, um portal para uma dimensão pós-apocalíptica se abriu e fui transportado para uma era em que as pessoas têm certeza de que o planeta Terra é plano, que o nazismo foi um movimento perpetrado pela "esquerda" e que tudo o que não é fácil de ser compreendido e majoritariamente aceito pela massa média abarrotada pelo senso comum é coisa de comunista, vagabundo, ateu, maconheiro, preto, gayzista, feminista, satanista e por aí vai.

Na real tenho a impressão de que toda a intolerância represada da sociedade ebuliu de forma que conter essa pororoca de chorume é uma luta inglória. Cabe a quem sobrou um pouco de sensatez adquirir uma prancha de surf moral e tentar dropar todas essas ondas fascistas que vierem de maneira que a pessoa não se afogue.

Enfim, espero que eu não me suicide até o final deste ano, que controlem a porra dessa doença ou que o capitalismo definhe de vez, que uma hecatombe nuclear aconteça e que morramos todos queimados. Assim seja, amém!

domingo, 8 de março de 2015

Mais do mesmo

Escrevo uma carta, mas ela não tem destinatário. Tudo que faço não tem sentido e nem fim em si mesmo. Sinto um peso muito grande dentro de mim e por mais que eu o ignore ele queima minhas entranhas. Queria uma só vez que fosse desenvolver um raciocínio completo sobre algo e concluí-lo com êxito. Procuro uma solução, uma fórmula mágica para resolver todas as questões que me consomem. Ansiedade e depressão são irmãs gêmeas siamesas grudadas pelo abdômen.

Quero muito a aprovação das pessoas, apesar de que quando a tenho reduzo isso a nada. Um buraco sem fundo sugando tudo ao meu redor, trazendo para perto dessa chama toda e qualquer coisa que possa detê-lo por um instante. Como se minha auto companhia tivesse ganhando um quê de insuportável e o meu único desejo é que em certos momentos o tempo passe rapidamente até a próxima distração. Tenho chamado os meus monstros pelo nome, no entanto isso não é o suficiente para amedrontá-los. A verdade é que esses monstros parecem cada vez maiores e mais experientes. Não tenho coragem de enfrentá-los.

Gritos silenciosos pedem ajuda, mas não sabem a quem. Os únicos bons momentos envolvem subterfúgios ordinários que não saciam a sede, pelo contrário, sufocam ainda mais. Quando deito minha cabeça no travesseiro o meu desejo é que no dia seguinte as coisas sejam diferentes. Mas não são.

domingo, 30 de dezembro de 2012

Ressurreição - parte 2

Pois então, naquela tediosa e quente tarde de domingo, estava eu sentado em um banco de concreto, com um bouquet de rosas vermelhas em minhas mãos, me fazendo um monte de perguntas. Eu olhava suas fotos em meu celular, revivia em minha mente nossos últimos momentos, me indagava se eu poderia ter feito algo para evitar sua partida, me culpava, e depois chorei. Uns dias antes do fatídico acontecimento que separou nossas existências para sempre ele estava aqui, rindo, reclamando da vida, comendo, dormindo, brincando, vivendo. Ações essas, que nesse plano, jamais serão executadas novamente por ele. Em um caderno meu encontrei apenas uma palavra de agradecimento, seguido da assinatura de seu primeiro nome. Assim mesmo, como quem finaliza uma obra de arte, como quem escreve uma nota de rodapé:

                                                                                                                                          Obrigado
                                                                                                                                                          Bruno

Não sei se devo continuar o resto da história, afinal de contas ela não é minha...

Ressurreição!

Boa vida para todo mundo.

Depois de um bom tempo sem atualizar o blog, resolvi, a pedido dos fãs, voltar com minhas fabulosas, porque não dizer, fantásticas postagens!

Para recomeçar, preciso dizer que esse tempo que passei longe do blog foi o suficiente para constatar que estou maduro o bastante para tocar alguma coisa até o fim. Gostaria de informar-vos que não fiquei rico, nem mais bonito, mas vi e vivi muita coisa nesses últimos dois anos e meio. Quero compartilhar convosco uma pequena história...

Fui ao seu túmulo levar-lhe flores. Flores estas que não foram compradas por mim, mas antes desprezadas por alguém que não correspondeu o sentimento de quem as enviou. Sua morte prematura havia sido há pouco mais de dez dias e eu imaginava como poderia viver sem ele nos próximos cinquenta anos de minha vida.  Procurei seu novo endereço, pensei que encontraria facilmente o lugar que fora escolhido para que repousasse sua carcaça que outrora era um jovem corpo com vida, sangue, vísceras, circulação, batimentos cardíacos e atividade cerebral. Era domingo, início de tarde, procurei mas não encontrei seu jazigo. Tive de me dirigir à direção do cemitério e perguntar onde havia sido sepultado o jovem moço que tirou sua vida em um ato inconsequente. Só haviam os mortos, os funcionários e eu no cemitério naquela tarde de domingo. Me senti uma assombração com um bouquet de rosas vermelhas na mão. Silêncio, vento e um imenso gramado verde compunham o cenário cálido, bucólico e nostálgico que na minha humilde concepção e pobre capacidade descritiva melhor ilustravam esse momento no espaço-tempo.

 Continua...

Ps. Morte e ressurreição andam juntas, por isso resolvi ressuscitar o blog falando de morte. Na próxima postagem eu continuarei a contar essa história para vocês.



Angel
Sarah Mclachlan - Angel

Spend all your time waiting
for that second chance
for a break that would make it okay
there's always some reason
to feel not good enough
and it's hard at the end of the day
I need some distraction
oh beautiful release
memories seep from my veins
let me be empty
oh and weightless and maybe
I'll find some peace tonight

In the arms of the angel
fly away from here
from this dark cold hotel room
and the endlessness that you fear
you are pulled from the wreckage
of your silent reverie
you're in the arms of the angel
may you find some comfort here

So tired of the straight line
and everywhere you turn
there's vultures and thieves at your back
and the storm keeps on twisting
you keep on building the lines
that you make up for all that you lack
it don't make no difference
escaping one last time
it's easier to believe in this sweet madness oh
this glorious sadness that brings me to my knees

In the arms of the angel
fly away from here
from this dark cold hotel room
and the endlessness that you fear
you are pulled from the wreckage
of your silent reverie
you're in the arms of the angel
may you find some comfort here
you're in the arms of the angel
may you find some comfort here
Anjo
Gasta todo seu tempo esperando
Por aquela segunda chance,
Por uma oportunidade que deixaria tudo bem
Sempre há um motivo
Para não se sentir bem o suficiente.
E é difícil no fim do dia,
Eu preciso de alguma distração.
Oh, belo descanso
A lembrança vaza das minhas veias...
Deixe-me ficar vazia
E sem peso e talvez
Eu encontrarei alguma paz esta noite.

CHORUS
Nos braços de um anjo,
Voe para longe daqui,
Deste escuro e frio quarto de hotel
E da imensidão que você teme.
Você é arrancado das ruínas
De seu devaneio silencioso.
Você está nos braços de um anjo,
Que você encontre algum conforto lá

Tão cansado da linha reta,
E para todo lugar que você se vira
Existem abutres e ladrões nas suas costas,
E a tempestade continua se retorcendo.
Você continua construindo a mentira
Que você inventa por causa de tudo que você não tem
Não faz nenhuma diferença
Escapar uma última vez.
É mais fácil acreditar nesta doce loucura, oh
Esta gloriosa tristeza que me deixa de joelhos.

CHORUS

Você está nos braços de um anjo.
Que você encontre algum conforto aí.


domingo, 15 de agosto de 2010

Eleições no Brasil: uma piada!


Heitor De Paola | 13 Agosto 2010

O coletivismo, ponto comum entre os socialistas fabianos do PSDB e os marxistas-leninistas de partidos como PT, PV, e PC do B transformam a eleição numa grande farsa, sem verdadeiras opções para o eleitorado.

Um revolucionário bolchevista estava falando de cima de um caixote para uma pequena multidão em Times Square, NY. Após descrever as maravilhas do socialismo e do comunismo, ele disse: "- A revolução virá, e todos comerão pêssegos em calda com creme de leite." Um velhinho que estava na parte de trás da multidão gritou: "- Eu não gosto de pêssegos em calda com creme de leite." O bolchevista refletiu por alguns instantes e então respondeu: "- A revolução virá, camarada, e você aprenderá a gostar de pêssegos em calda com creme de leite." -- Autor desconhecido, contada por G. Edward Griffin

Eu não esperava escrever mais sobre este tema depois da minha Declaração de voto, mas me contaram uma velha piada de marujos ingleses que cabe à perfeição para as próximas eleições - e também para todas anteriores desde a última em que houve alguma possibilidade de escolha (traída, é bem verdade!), a de 1989. Traduzida, ela perde um pouco do sabor do humor britânico, mas vá lá:

Navegavam há meses e os marujos não tomavam banho nem trocavam de roupa, nada de novo na Marinha Mercante britânica. O navio fedia! O Capitão chama o Imediato e diz - Mr. Simpson, o navio fede, mande os homens trocarem de roupa! - Responde o Imediato: Aye, Aye, Sir, e parte para reunir os seus homens e diz: - Sailors, o Capitão está se queixando do fedor e manda vocês trocarem de roupa. David troque a camisa com John, John troque a sua com Peter, Peter troque a sua com Alfred, Alfred troque a sua com Jonathan, e assim prosseguiu. Quando todos tinham feito as devidas trocas dirige-se ao Capitão e diz - Sir, todos já trocaram de roupa. O Capitão, visivelmente aliviado manda prosseguir a viagem.

É isto que se repetirá no próximo outubro: a política brasileira fede! E nada vai mudar de verdade, apenas trocarão a roupa uns com os outros. E assim sempre foi, desde a 'redemocratização' que somos chamados - chamados não, obrigados por esta lei idiota do voto obrigatório - a referendar qual dos idênticos entre si vai nos governar.

Outro motivo para retomar este tema que me enoja profundamente foi que, ao pesquisar para uma conferência sobre 'O Brasil que desejamos', re-encontrei o texto The Chasm - The Future Is Calling, de G. Edward Griffin traduzido para o português pela Texto Exato: O futuro está chamando. Griffin, Presidente da Freedom Force International, é o autor de inúmeros livros de grande relevância para entender o mundo atual, entre eles: The Fearful Master: A Second Look at the United Nations(disponível para download), The Creature from Jekyll Island: A Second Look at the Federal Reserve e a entrevista em vídeo com Yuri Bezmezov (Soviet Subversion of the Free Press: A Conversation with Yuri Bezmenov) bastante divulgada por vários sites entre nós.

Quando eu disse acima qual dos idênticos entre si vai nos governar eu me referia ao fato de que as divergências entre eles podem ser quanto aos métodos, jamais quanto aos princípios, quanto aos quais concordam plenamente. Só existem duas éticas fundamentais dividindo a política e as ideologias ocidentais: coletivismo e individualismo, o resto é pura conversa mole. Estão aí os debates e as entrevistas para comprovar isto. Tanto que as coligações variam de Estado para Estado: num o PT apoia o candidato do DEM que apoia o PSDB para Presidente. Noutro, a Dilma tem que subir em três palanques diferentes. Noutro ainda o Serra não tem idéia de quem deve falar mal ou bem. Não é uma piada? Isto sem falar da maior de todas as piadas: a tal justiça eleitoral. A última piada, que emana dela, é que.... não se pode fazer piada!

Vejamos o que diz Griffin:

Pode surpreender você saber que a maioria dos grandes debates do nosso tempo - pelo menos no mundo ocidental - pode ser dividida em apenas dois pontos de vista. Todo o resto é enchimento. Tipicamente, eles enfocam se uma determinada ação deve ser seguida mas o conflito real não é sobre os méritos da ação é sobre os princípios, o código ético que justifica ou proíbe essa ação. É uma competição entre a ética do coletivismo de um lado, e o individualismo do outro. Essas são palavras que têm significado, e descrevem um abismo filosófico que divide todo o mundo ocidental![i]

Um bom exemplo dessa mentalidade coletivista é o uso do governo para realizar atos de caridade. A maioria das pessoas acredita que todos temos uma responsabilidade em ajudar aqueles que estão passando por necessidade, se pudermos. Mas e aqueles que discordam, aqueles que não se preocupam nem um pouco com as necessidades dos outros? Eles deveriam ter a permissão de serem egoístas enquanto somos tão generosos? O coletivista vê as pessoas como essas como uma justificativa para o uso da coerção, pois a causa é tão nobre. Ele vê a si mesmo como um moderno Robin Hood, que rouba dos ricos para dar aos pobres. Logicamente, nem tudo chega aos pobres. Afinal, Robin e seus homens têm de comer, beber e se divertir em festas, e isso custa dinheiro. É necessária uma gigantesca burocracia para administrar uma obra de caridade pública, e os Robin Hoods nos governos se acostumaram a receber uma enorme parcela do saque, enquanto os camponeses - bem, eles estarão contentes com qualquer coisa que receberem. Eles não se preocupam com o quanto foi consumido no caminho até chegar a eles. Afinal, tudo foi roubado de outra pessoa mesmo.

A assim-chamada caridade do coletivismo é uma perversão da história bíblica do Bom Samaritano, que parou na estrada para ajudar um estranho que tinha sido assaltado e surrado, pois se baseiam na conversão e quando a coerção entra, a caridade sai. Os coletivistas acreditam na coerção os individualistas acreditam na liberdade.

Os coletivistas incluem todos os marxistas e os socialistas fabianos. Leiam abaixo o que diz Griffin sobre os Fabianos e as divergências entre estes e os marxistas. (Todos os acréscimos e negritos são meus).
[i] Nota de Heitor de Paola:

No Oriente Médio e em partes da África e da Ásia, existe uma terceira ética chamada teocracia, uma forma de governo que combina igreja e Estado e força os cidadãos a aceitarem uma determinada prática religiosa. Isso foi comum antigamente em toda a cristandade européia e existiu também em algumas colônias nos Estados Unidos. Ela sobrevive no mundo de hoje na forma do Islã e tem milhões de defensores.

GRIFFIN SOBRE A SOCIEDADE FABIANA E O FUTURO DO MUNDO

H. G. Wells escreveu um livro para servir como um guia mostrando como o coletivismo poderia ser incorporado na sociedade sem levantar alarme ou séria oposição. O nome do livro é The Open Conspiracy (disponível para download), e o plano foi descrito em detalhes. O fervor de Wells era intenso. Ele dizia que as antigas religiões do mundo precisavam dar lugar para a nova religião do coletivismo. Ele dizia que a nova religião deveria ser o Estado, e o Estado deveria se responsabilizar por todas as atividades humanas com, é claro, os elitistas como ele próprio no comando. Bem na primeira página ele diz:
"Este livro define da forma mais clara e simples possível as idéias essenciais da minha vida, a perspectiva do meu mundo... Esta é a minha religião. Aqui estão meus objetivos de direção e o critério de tudo o que faço."

Quando ele disse que o coletivismo era sua religião, estava sendo sério. Como muitos coletivistas, ele achava que a religião tradicional é uma barreira à aceitação do poder do Estado. Ela é uma competidora pelas lealdades do homem. Os coletivistas vêem a religião como um instrumento pelo qual os clérigos mantêm a população sofrida satisfeita oferecendo-lhe uma visão de algo melhor no outro mundo. Se você tem o objetivo de produzir mudanças, não quererá que as pessoas se sintam satisfeitas e precisará criar o descontentamento. É por isso que Marx chamou a religião de ópio do povo. A religião é um obstáculo para a mudança revolucionária. Wells dizia que o coletivismo deveria se tornar o novo ópio, que ele deveria se tornar a visão para coisas melhores no outro mundo. A nova ordem precisa ser construída sobre o conceito que os indivíduos não são nada comparados com a sociedade vista em seu longo prazo, e que somente servindo à sociedade é que nos tornamos conectados com a eternidade. Ele era muito sério.

O modelo em The Open Conspiracy tem sido seguido em todas as dependências britânicas e nos EUA. Como resultado, o mundo hoje está muito próximo da visão de H. G. Wells. Uma adoração ao deus chamado sociedade tornou-se a nova religião. Independente de qual seja o insulto à nossa dignidade ou liberdade, ouvimos que ele é necessário para o avanço da sociedade, e isto tornou-se a base para o contentamento sob as durezas do coletivismo. O bem maior para o número maior de pessoas tornou-se o ópio do povo.

Amor e Ódio Entre os Fabianos (PSDB e agora também seus 'coleguinhas' do ex-liberal DEM) e os Leninistas (PT, PV, PSTU, P-SOL, PCB, PPS, PCdoB)

Os fabianos e os marxistas estão em concordância com seus objetivos mútuos do coletivismo, mas diferem no estilo e algumas vezes nas táticas. Quando o marxismo fundiu-se com o leninismo e fez sua primeira conquista na Rússia, essas diferenças tornaram-se o centro do debate entre os dois grupos. Karl Marx dizia que o mundo estava dividido em dois campos eternamente em guerra um com o outro. Um era a classe trabalhadora, que ele chamava de proletariado, e o outro era a classe abastada, que possuía a terra e os meios de produção. Essa classe ele chamava de burguesia.

Os fabianos nunca foram entusiastas dessa visão de conflito de classes, provavelmente porque a maioria deles pertencia à burguesia, mas Lênin e Stalin a aceitavam de todo o coração. Lênin descrevia o Partido Comunista como "a vanguarda do proletariado", e ele (o partido) tornou-se um mecanismo para guerra total e implacável contra qualquer um que mesmo remotamente pudesse ser considerado burguês. Quando os bolchevistas alcançaram o poder na Rússia, os proprietários de terra e donos de lojas foram mortos às dezenas de milhares.

Essa brutalidade ofendia as sensibilidades dos fabianos, mais refinados e elegantes. Não que os fabianos se opusessem à força e à violência para atingir seus objetivos, é que eles preferiam a violência como o último recurso, enquanto que os leninistas estavam correndo soltos na Rússia, implementando um plano de deliberado terror e brutalidade. Os fabianos admiravam o sistema soviético porque ele era baseado no coletivismo, mas estavam chocados pelo que consideravam um derramamento de sangue desnecessário. Era uma discordância com relação ao estilo. Quando Lênin tornou-se o senhor da Rússia, muitos dos fabianos aderiram ao Partido Comunista, pensando que ele se tornaria a vanguarda do socialismo mundial. Eles provavelmente teriam ficado ali se não tivessem ficado ofendidos pela brutalidade do regime.

Para compreender o relacionamento de amor e ódio entre esses dois grupos, nunca devemos perder de vista o fato que o leninismo e o fabianismo são meramente variantes do coletivismo. As similaridades entre eles são muito maiores que suas diferenças. É por isto que seus membros freqüentemente mudam de um grupo para o outro - ou porque alguns deles na verdade são membros dos dois ao mesmo tempo. Os leninistas e os fabianos geralmente são amigos uns dos outros. Eles podem discordar intensamente com questões teóricas e de estilo de ação, mas nunca com relação aos objetivos.

Margaret Cole foi presidente da Sociedade Fabiana de 1955 a 1956. Seu pai, G. D. H. Cole, foi um dos primeiros líderes da organização, em 1937. Em seu livro The Story of Fabian Socialism, ela descreve o laço comum que une os coletivistas. Ela escreveu:

"É possível ver claramente que as similaridades básicas eram muito maiores do que as diferenças, que os objetivos básicos dos fabianos da abolição da pobreza, por meio da legislação e da administração pública do controle comunal da produção e da vida social... eram buscados com energia inabalável pelas pessoas treinadas nas tradições fabianas, independente se no momento de tempo elas se chamam de socialistas fabianos ou se repudiavam em alta voz o nome... A similaridade fundamental é atestada pelo fato que, após as tempestades produzidas primeiro pelo sindicalismo e depois pela Revolução Russa em seus primeiros dias tinham enfraquecido, aqueles "fabianos rebeldes" que não tinham se filiado ao Partido Comunista (e os muitos que tendo inicialmente se filiado, se desligaram com toda a pressa), junto com as conexões de G. D. H. Cole no movimento de educação da classe trabalhadora e seus jovens discípulos de Oxford dos anos 20, não encontraram dificuldade mental em ingressar na restaurada Sociedade Fabiana de 1939 - nem os fiéis sobreviventes tiveram qualquer dificuldades em colaborar com eles."

Os fabianos são, de acordo com seu próprio simbolismo, lobos em pele de cordeiro, e isso explica por que seu estilo é mais eficiente em países com que as tradições parlamentares são bem estabelecidas e onde as pessoas esperam ter uma voz em seu próprio destino político. Os leninistas, por outro lado, tendem a ser lobos na pele de lobo, e o estilo deles é mais eficaz em países em que as tradições parlamentares são fracas e onde a população já está acostumada com as ditaduras.

Em países em que as tradições parlamentares são fortes, a tática principal para ambos esses grupos é enviar seus agentes para os centros de poder da sociedade para obter o controle a partir de dentro. Os centros de poder são aquelas organizações e instituições que representam todos os segmentos influentes da sociedade. Eles incluem os sindicatos, partidos políticos, organizações eclesiásticas, segmentos da mídia, instituições educacionais, organizações cívicas, instituições financeiras, empresas industriais, para citar apenas algumas. Em um momento, lerei uma lista parcial dos membros de uma organização chamada Conselho das Relações Exteriores (Council on Foreign Relations, ou CFR), e você reconhecerá que os centros de poder que essas pessoas controlam são exemplos clássicos dessa estratégia. A influência combinada de todas essas entidades constitui o poder político total do país. Para ganhar o controle de um país, tudo o que é necessário é controlar seus centros de poder, e essa tem sido a estratégia dos fabianos e dos leninistas de igual forma.

Eles podem discordar com relação ao estilo podem competir para saber qual deles dominará a vindoura Nova Ordem Internacional, quem ocupará as posições mais elevadas na pirâmide de poder eles podem até mesmo enviar exércitos opostos à batalha para estabelecer proeminência territorial sobre porções do globo, mas nunca brigam com relação aos objetivos. Em tudo, eles são irmãos de sangue e sempre se unem contra seu inimigo comum, que é qualquer oposição ao coletivismo.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Como será o mundo em 2070

domingo, 27 de junho de 2010

Plano das Seis Etapas Para a Mudança do Comportamento

Etapa 1. Alguma prática tão ofensiva que nem deveria ser discutida em público é defendida por um especialistaRESPEITADO em um foro RESPEITÁVEL;

Etapa 2. A princípio, o público fica chocado, depois indignado;

Etapa 3. No entanto, o SIMPLES FATO que tal coisa tenha sido debatida publicamente torna-se o ASSUNTO do debate;

Etapa 4. No processo, a repetição prolongada do assunto chocante em discussão gradualmente vai anulando seu efeito;

Etapa 5. As pessoas não ficam mais chocadas com o assunto;

Etapa 6. Não mais indignadas, as pessoas começam a debater posições para moderar o extremo, ou aceitam a premissa, procurando os modos de ATINGI-LA.