domingo, 30 de dezembro de 2012

Ressurreição - parte 2

Pois então, naquela tediosa e quente tarde de domingo, estava eu sentado em um banco de concreto, com um bouquet de rosas vermelhas em minhas mãos, me fazendo um monte de perguntas. Eu olhava suas fotos em meu celular, revivia em minha mente nossos últimos momentos, me indagava se eu poderia ter feito algo para evitar sua partida, me culpava, e depois chorei. Uns dias antes do fatídico acontecimento que separou nossas existências para sempre ele estava aqui, rindo, reclamando da vida, comendo, dormindo, brincando, vivendo. Ações essas, que nesse plano, jamais serão executadas novamente por ele. Em um caderno meu encontrei apenas uma palavra de agradecimento, seguido da assinatura de seu primeiro nome. Assim mesmo, como quem finaliza uma obra de arte, como quem escreve uma nota de rodapé:

                                                                                                                                          Obrigado
                                                                                                                                                          Bruno

Não sei se devo continuar o resto da história, afinal de contas ela não é minha...

Ressurreição!

Boa vida para todo mundo.

Depois de um bom tempo sem atualizar o blog, resolvi, a pedido dos fãs, voltar com minhas fabulosas, porque não dizer, fantásticas postagens!

Para recomeçar, preciso dizer que esse tempo que passei longe do blog foi o suficiente para constatar que estou maduro o bastante para tocar alguma coisa até o fim. Gostaria de informar-vos que não fiquei rico, nem mais bonito, mas vi e vivi muita coisa nesses últimos dois anos e meio. Quero compartilhar convosco uma pequena história...

Fui ao seu túmulo levar-lhe flores. Flores estas que não foram compradas por mim, mas antes desprezadas por alguém que não correspondeu o sentimento de quem as enviou. Sua morte prematura havia sido há pouco mais de dez dias e eu imaginava como poderia viver sem ele nos próximos cinquenta anos de minha vida.  Procurei seu novo endereço, pensei que encontraria facilmente o lugar que fora escolhido para que repousasse sua carcaça que outrora era um jovem corpo com vida, sangue, vísceras, circulação, batimentos cardíacos e atividade cerebral. Era domingo, início de tarde, procurei mas não encontrei seu jazigo. Tive de me dirigir à direção do cemitério e perguntar onde havia sido sepultado o jovem moço que tirou sua vida em um ato inconsequente. Só haviam os mortos, os funcionários e eu no cemitério naquela tarde de domingo. Me senti uma assombração com um bouquet de rosas vermelhas na mão. Silêncio, vento e um imenso gramado verde compunham o cenário cálido, bucólico e nostálgico que na minha humilde concepção e pobre capacidade descritiva melhor ilustravam esse momento no espaço-tempo.

 Continua...

Ps. Morte e ressurreição andam juntas, por isso resolvi ressuscitar o blog falando de morte. Na próxima postagem eu continuarei a contar essa história para vocês.



Angel
Sarah Mclachlan - Angel

Spend all your time waiting
for that second chance
for a break that would make it okay
there's always some reason
to feel not good enough
and it's hard at the end of the day
I need some distraction
oh beautiful release
memories seep from my veins
let me be empty
oh and weightless and maybe
I'll find some peace tonight

In the arms of the angel
fly away from here
from this dark cold hotel room
and the endlessness that you fear
you are pulled from the wreckage
of your silent reverie
you're in the arms of the angel
may you find some comfort here

So tired of the straight line
and everywhere you turn
there's vultures and thieves at your back
and the storm keeps on twisting
you keep on building the lines
that you make up for all that you lack
it don't make no difference
escaping one last time
it's easier to believe in this sweet madness oh
this glorious sadness that brings me to my knees

In the arms of the angel
fly away from here
from this dark cold hotel room
and the endlessness that you fear
you are pulled from the wreckage
of your silent reverie
you're in the arms of the angel
may you find some comfort here
you're in the arms of the angel
may you find some comfort here
Anjo
Gasta todo seu tempo esperando
Por aquela segunda chance,
Por uma oportunidade que deixaria tudo bem
Sempre há um motivo
Para não se sentir bem o suficiente.
E é difícil no fim do dia,
Eu preciso de alguma distração.
Oh, belo descanso
A lembrança vaza das minhas veias...
Deixe-me ficar vazia
E sem peso e talvez
Eu encontrarei alguma paz esta noite.

CHORUS
Nos braços de um anjo,
Voe para longe daqui,
Deste escuro e frio quarto de hotel
E da imensidão que você teme.
Você é arrancado das ruínas
De seu devaneio silencioso.
Você está nos braços de um anjo,
Que você encontre algum conforto lá

Tão cansado da linha reta,
E para todo lugar que você se vira
Existem abutres e ladrões nas suas costas,
E a tempestade continua se retorcendo.
Você continua construindo a mentira
Que você inventa por causa de tudo que você não tem
Não faz nenhuma diferença
Escapar uma última vez.
É mais fácil acreditar nesta doce loucura, oh
Esta gloriosa tristeza que me deixa de joelhos.

CHORUS

Você está nos braços de um anjo.
Que você encontre algum conforto aí.