sábado, 27 de fevereiro de 2010
Pessoas e produtos, produtos e pessoas.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
A classe C no Ensino Superior
Interessantíssimo texto publicado pelo Desembargador Vladimir Passos Freitas no Conjur:
O Brasil assiste a Classe C ter acesso a bens de consumo (p. ex., automóveis) e lazer (p. ex. cruzeiros marítimos). E o fenômeno alcança também o ensino superior, o que é excelente. Segundo Stanisci, Oliveira e Saldaña, “dos 5,9 milhões de estudantes de graduação no país, 31,4% têm renda familiar entre 1 e 5 salários mínimos. O número quase dobrou desde 2002, quando o porcentual era de 16,2%. Isso tem ocorrido graças a iniciativas oficiais, como políticas de cotas e o Programa Universidade para Todos (ProUni), mas também por causa de universidades que apostam nesse público, cobrando mensalidades baixas – que podem chegar a R$ 180” (Estado, A, Classe C com diploma, 24.11.2009).
Nos cursos de Direito não é diferente. Em passado recente eram poucos, localizados nas capitais e nas cidades médias. E os seus estudantes pertenciam, regra geral, às classes A e B. Recentemente espalharam-se por todo o território nacional, em mais de 1.000 faculdades de Direito isoladas ou em universidades. O foco desta coluna é o acesso da classe C aos cursos de graduação em Direito.
Em tempos de mão de obra excessiva e salários reduzidos, estudar Direito passou a ser uma boa saída para o sucesso profissional. Afinal, as perspectivas são sempre mais animadoras do que as de outros profissionais. O bacharel em Direito poderá advogar, fazer um concurso de nível intermediário ou superior (e são muitos), escolher a área de atuação que mais lhe agrada (p. ex., defender ONGs), trabalhar em cartórios extrajudiciais (p. ex., tabelionatos) e até exercer uma advocacia administrativa especializada (p. ex., infrações de trânsito).
Poucas profissões oferecem tantas oportunidades. Um profissional de Educação Física só poderá ser professor ou atuar em um clube ou academia de ginástica. Um biólogo terá poucas vagas à disposição em um concurso público. Um médico tem que se sujeitar a vários empregos para poder receber um bom salário. Um engenheiro depende diretamente da situação econômica do país, tendo boas chances em épocas de aquecimento econômico, mas lutando com dificuldades em períodos de crises.
Mas quais as chances do estudante de Direito Classe C?
O estudante Classe C poderá, excepcionalmente, estar em uma universidade pública ou mesmo em uma particular de tradição. Mas, normalmente, ele será encontrado nas universidades de bairros, onde o acesso é mais fácil e as mensalidades menores. Boa parte deles é constituída de pessoas maduras e que vêem no diploma uma possibilidade de ascensão social.
O Classe C entra em desvantagem na competição. É inegável. A começar pela dificuldade de pagar as mensalidades. Além disto, tem que trabalhar e isto dificulta nos estágios, mora longe e perde tempo na condução, geralmente não frequentou as melhores escolas, não tem as relações sociais dos colegas das classes A e B, falta-lhe dinheiro para comprar livros ou participar de cursos ou congressos. Mas isto não deve servir-lhe de desânimo. Ao contrário, deve ser convertido em um bom motivo para ir à luta. E para isto, desde o dia da matrícula, deve evitar a postura do “coitadinho de mim”. Primeiro, porque não ajuda nada. Segundo, porque não é uma verdade absoluta. Vejamos.
O Classe C tem uma vantagem a seu favor, a gana, a vontade de vencer. Criado com dificuldades, valoriza o fato de ter chegado à faculdade. É prestigiado na família. Seus colegas mais abastados, nem sempre são fortes. Afinal, cresceram tendo acesso a tudo, internet, passeios à Disney, roupas caras. Por isso não costumam valorizar as coisas. Supõem ingenuamente que a vida lhes será fácil, que o pai lhes conseguirá um emprego. Desacostumados com limites ou dificuldades, no primeiro conflito abandonam a luta. Declaram-se deprimidos.
Os pais do Classe C não puderam estudar e, por isso, não tem como transmitir cultura. Esta é uma desvantagem, sem dúvida. Mas pode ser suprida com muita leitura. Bons livros de literatura, editoriais de bons jornais e revistas são imprescindíveis. E para quem não pode gastar, as bibliotecas oferecem tudo gratuitamente. Pequenos cursos (p. ex., de redação) ajudam bastante.
Na educação formal (não escolar), o Classe C não está em desvantagem. Ela pode até ter sido melhor do que nas classes A e B. E se não foi, cabe ao Classe C ficar atento, observar muito e corrigir suas falhas. Falta de educação pode liquidar uma carreira. Por exemplo, a informalidade exagerada com o dono do escritório de advocacia (que não deve ser tratado de você), falar alto, dar gargalhadas em locais mais tradicionais ou ir para o estágio com camisa do time de futebol.Na busca dos estágios (quando possível), o Classe C terá, por falta de relacionamentos (networking), dificuldades de acesso aos grandes escritórios. Mas boa parte deles, atualmente, reserva um percentual de vagas a estudantes necessitados, dentro de uma política de responsabilidade social. Já junto aos órgãos públicos estará em pé de igualdade, pois a seleção costuma ser feita através de testes.
Nos concursos públicos, o Classe C lança todas as suas fichas. Ser oficial de Justiça, conquistar uma vaga na Polícia ou trabalhar em um Tribunal é um sonho que merece o sacrifício de muitas baladas e viagens. Mas para os Classes A e B o apelo é menor. Por terem acesso a tudo e por não imaginarem que seus pais morrerão um dia e o dinheiro pode acabar, muitas vezes não se dedicam com todas as forças. O Classe C não se importa em mudar de cidade ou de estado. Os Classe A e B são exigentes e assim vêem o tempo passar sem colocar-se profissionalmente.
Resumindo, ser Classe C não é obstáculo intransponível para a vitória. O segredo é fazer das dificuldades a alavanca para a busca do sucesso. E o momento é favorável. Boa sorte.
Não que a regra das universidades particulares seja esse estudante de Direito tão bem descrito pelo Desembargador, na verdade, eles constituem a exceção. No entanto, como muitos professores costumam dizer, o sucesso de apenas um deles já serve para compensar o fraco de tantos outros.
Eu fico muito feliz e orgulhoso em ter vários colegas de sala e trabalho que se encaixam perfeitamente no modelo de aluno Classe C descrito no texto. Considero os melhores da turma, e futuros magistrados, delegados, promotores, procuradores…
Retirado de http://joseoliveira.com/2010/02/a-classe-c-no-ensino-superior.htm
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Qual é a do amor?
Qual é a do carnaval?
Em geral, o Carnaval tem a duração de três dias, os dias que antecedem a Quarta-feira de Cinzas. Em contraste com a Quaresma, tempo de penitência e privação, estes dias são chamados "gordos", em especial a terça-feira (Terça-feira gorda, também conhecida pelo nome francês Mardi Gras), último dia antes da Quaresma. Nos Estados Unidos, o termo mardi gras é sinônimo de Carnaval.
No período do Renascimento as festas que aconteciam nos dias de carnaval incorporaram os baile de máscaras, com suas ricas fantasiase os carros alegóricos. Ao caráter de festa popular e desorganizada juntaram-se outros tipos de comemoração e progressivamente a festa foi tomando o formato atual.
De acordo com o modo comtemporaneo o carnaval ainda e considerado uma forma de festa bastante tradicional, pois persistiou por vários anos com o mesmo aspecto.
Tá, mas e aí?
Minhas experiências carnavalescas remetem ao período mais tenro da minha infância:
http://www.youtube.com/watch?v=5qhva71J7G8
Depois, lá pelos 11 anos de idade, uma matinê em um clube aqui da cidade. Para mim, o carnaval como todas as outras datas comemorativas, não passa disso, algo criado para termos o que fazer. Para falar bem a verdade, eu nem sabia muito bem o que estava fazendo. Aprendi por osmose que para ser aceito, eu precisava obrigatoriamente estar alegre, pulando, cantando e dançando, além de ter que dar investidas sem sucesso em meninas. E foi assim durante anos. Isso quando eu não passava o carnaval como um dia comum. Não me lembro de viagens com amigos, acampamentos ou nada do gênero. Minto. Há uns quatro anos atrás fui convidado para ir a um retiro. E foi muito legal. Lá conheci gente, fiz amigos, descansei e comi muito bem.
O tempo foi passando e eu traí a mim mesmo novamente. Lá estava eu, em um clube qualquer, sujo, bêbado e suado. Feliz por fora e infeliz por dentro. Está certo, ninguém colocou uma arma na minha cabeça, me obrigando a ir. Mas eu fui.
Aqui em casa nunca acompanhamos desfiles de quaisquer natureza. Sete de setembro, Proclamação da República, todos esses valores passaram batidos por aqui. E o que eu quero dizer com tudo isso? Não faço a menor idéia.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Descobri-me Um Anti-social
04- Quando tenho que fazer média com alguém e normalmente não faço para ganhar algo em cima de mentiras.
Nível de isolamento: 60%.
08- Tenho sociofobia moderada.
Nível de isolamento: 45%.
12- Quando faço minhas excentricidades sem dar a mínima importância para sociedade.
Nível de isolamento: 60%.
Ser antisocial...
Taí um assunto sobre o qual sempre quis escrever aqui. Vinha adiando há algum tempo, fosse por falta de disposição, fosse por não querer assumir o deprimente estado em que me encontro. Mas hoje, após mais um domingão insosso e monótono, fez-se o momento ideal pra dissertar sobre tal.
O dicionário Flip define “antisocial” como alguém contrário à ordem social. Ele é meio burro mesmo, só presta pra verificar a escrita correta das palavras; citei a explanação do primo pobre (e burro) do Houaiss a fim de exemplificar o quão difícil é definir o que é ser antisocial. Não se trata de algo evidente, como uma doença, nem mesmo um estado emocional, como a alegria, muito menos algo concreto, como… como uma maçã (!?). A melhor explicação que tenho comigo é que ser antisocial é um estilo de vida.
O sintoma inicial é um só: indisposição para ir a lugares com muita gente, o que invariavelmente faz da pessoa uma caseira convicta. Com o tempo, essa indisposição meio que caleja, passa a ser algo normal, inerente à pessoa. Passando para este estágio, traz inúmeros efeitos colaterais. A dificuldade na socialização é o principal deles; é estranho dizer isso, mas a pessoa parece perder o jeito de se relacionar. Não é como andar de bicicleta, é mais, bem mais complexo que isso. E esse bloqueio vale para todos os graus do relacionamento inter-humano, desde cumprimentos cordiais a desconhecidos, até o mais sublime dos sentimentos, o amor. Na seqüência, vem uma preguiça besta, acompanhada de mudanças de humor. Ora feliz, ora melancólico, o termômetro do estado de espírito fica louco, oscilando constantemente. Parece-me que quanto maior o isolamento do cidadão, mais o ponteiro tende à tristeza, enfim. Há uma coisa boa nisso tudo: uma dedicação exagerada à determinada coisa, que a partir de então, é feita com extremo esmero e excelência. Às vezes nem tanto assim, mas a intenção de quem sofre de anti-socialidade é sempre a melhor possível.
Antes que faça julgamentos equivocados, o antisocial, em regra, não é chato, nem maluco, muito menos bobo. Esses rótulos nada têm a ver com o fato da anti-socialidade, são coisas paralelas. Da mesma maneira que há os extrovertidos inconvenientes e os legais, existem antisociais chatos e bacanas.
Não me incomodo de ser assim, caso me importasse, já estaria maluco à esta altura. É normal, ora, me sinto bem assim, e é isso que importa. Mas as conseqüências que a anti-socialidade implicam são difíceis de suportar. Bom seria se eu achasse graça em sair no sábado à noite, numa danceteria qualquer, beber até cair, beijar umas cinco mulheres cujas quais eu sequer sei o nome, chegar em casa às seis da manhã e dormir o domingo inteiro. Mas não, acho isso uma tremenda idiotice, e o pior é que atualmente não há nada que eu faça que supra essa lacuna de divertimento.
Acho que antisocial se dá bem com antisocial. Ou pelo menos com pessoas que tenham resquícios de anti-socialidade em sua personalidade. Agora, alguém conhece uma mulher bonita, legal, inteligente e antisocial? Eu também não, e é aí que reside o problema-mor de ser assim. A falta de uma companheira é o que mais incomoda, sem dúvida. Eu admito, me dou por vencido. É a realidade, e com ela ninguém pode.
Será que vou ficar pra titio?
http://www.rodrigoghedin.com.br/blog/2005/07/17/ser-antisocial/
Numa conversa de msn
[02/06/10 03:33:48 ] '' Thaís Belchior ;D : me ajuda a entender a sua frase, please?
[02/06/10 03:35:41 ] Marcos Vinícius : então thaizinha
[02/06/10 03:35:45 ] Marcos Vinícius : ela é facinha de entender
[02/06/10 03:36:09 ] '' Thaís Belchior ;D : depende da interpretação !
[02/06/10 03:36:14 ] '' Thaís Belchior ;D : quero saber a sua !
[02/06/10 03:36:17 ] Marcos Vinícius : kkkkkkkkkkkkkkkk
[02/06/10 03:38:17 ] Marcos Vinícius : q a vida é só um preencher de tempo
[02/06/10 03:39:00 ] Marcos Vinícius : e q nao existe amor ou felicidade
[02/06/10 03:39:03 ] Marcos Vinícius : simples assim
[Você fechou a janela em 06 Feb 2010 03:39:03]
[Conversa iniciada com 02/06/10 03:40:14]
[02/06/10 03:40:14 ] '' Thaís Belchior ;D : HAIOSHAOISHAOISHOIAUH
[02/06/10 03:40:20 ] '' Thaís Belchior ;D : vc so copiou a frase
[02/06/10 03:40:22 ] '' Thaís Belchior ;D : AHSAOISUHA
[02/06/10 03:41:29 ] Marcos Vinícius : a vida é uma coisa
[02/06/10 03:41:36 ] Marcos Vinícius : q ninguém pergunta pra gente se a gente quer viver
[02/06/10 03:41:41 ] Marcos Vinícius : eai....a gente tem q ir vivendo
[02/06/10 03:41:50 ] Marcos Vinícius : e preenchendo o tempo com coisas
[02/06/10 03:42:10 ] Marcos Vinícius : e é assim até o dia em q a gente morre
[02/06/10 03:42:14 ] Marcos Vinícius : depois disso nao tem mais nada
[02/06/10 03:42:23 ] '' Thaís Belchior ;D : nao gosta de viver ?
[02/06/10 03:42:27 ] Marcos Vinícius : nao
[02/06/10 03:42:46 ] Marcos Vinícius : e alguém disse q a gente tem q ser feliz e q amar...mas isso é tudo coisa da nossa cabeça
[02/06/10 03:42:51 ] Marcos Vinícius : vivo por obrigação
[02/06/10 03:43:08 ] '' Thaís Belchior ;D : que pena :/
[02/06/10 03:43:29 ] Marcos Vinícius : nem tanto
[02/06/10 03:44:27 ] '' Thaís Belchior ;D : ;x
[02/06/10 03:44:41 ] Marcos Vinícius : :X
[02/06/10 03:44:45 ] Marcos Vinícius : e vc gosta de viver?
[02/06/10 03:45:06 ] '' Thaís Belchior ;D : Ahaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaam
[02/06/10 03:45:10 ] '' Thaís Belchior ;D : é bem massa :D
[02/06/10 03:45:34 ] Marcos Vinícius : então quer dizer q vc gosta de ser vc?